Amanhecido letra

A manha pedindo cancha
Sobre a missa dum balcão
Onde o padre é um bolicheiro
E a canha que dá a benção

Vão doutrinando os paysano
Num batismo de fronteira
Que vai fazendo um esparramo
Na ideia de quem clareia

Quem rezou a noite inteira
Num altar tradicional
Campiando o rumo das casa
É pecador do ritual

Ainda vai retumbando
Na cabeça um bordoneio
O sol cozinha sem pressa
Quem vai firmando os arreio

Nas rédias o santo rosário
Que vem o corpo benzendo
Pena que a borracheira traz
As duas mãos tremendo

Sorte um pingo da confiança
Que ainda conhece o prumo,
Pois quem segue pela estrada
Multiplica o próprio rumo
Mas de fato pouco importa
O que fiz de madrugada
Pois o fim foi na porteira
Bem na hora da pegada

Por cristão rogo assobiando
Uma vaneira pro céu
Pois na encilha achei minha alma
Perdida neste mundel
Na farra e golpeando trago
Fiz render mais um domingo
Pois galo da fronteira mete
Até quase dormindo

Eu sou crente desta igreja
Onde a canha é quem batiza
No culto manda quem pode
Obedece quem precisa !

Fabiano Bacchieri - Letras

• Amanhecido
• Aparando Um Vento No Pátria
• Baia Sebruna
• Bailando Com a Estancieira
• Bancando Na Rédea
• Campo Adentro
• Canção Noiteira de Acalanto À Tropa
• Chacarera y Resistência
• Cheiro de Terra
• Cruzada
• Das Minhas Encilha
• De Volta da Palmeira
• Déjame Que Me Vaja
• Depois de Mundo e Estrada
• Depois de Um Bolicho...
• Do Que a Tarde Não Vê
• Monólogo de Um Cavalo
• Na Imensidão Dos Varzedos (part. Joca Martins)
• Na Invernada da Palmeira
• Na Madrugada dos Galos
• Na Ponta Dos Cascos
• Na Saudade do Posto
• O Evangelho Segundo Martin Fierro
• O Rio Grande Dos Meus Olhos
• O Tento (part. Cristiano Quevedo)
• Oitavado
• Os Olhos do Meu Cavalo
• Paixão de Campo
• Pé No Estribo
• Por Vício e Farra
• Pra Quem Solta Um Cavalo
• Rebenque
• Refrão do Clarear do Dia
• Regalo Pra Quem Nasceu Na Querência
• Saludo
• Uma Chamarra e Um Violão
• Vô Basilio